Sobre a verdade





Trecho: "É  bem provável que a maioria de vocês tenha algum tipo de pro­fessor, uma espécie de guru, um tipo de guia, seja no Himalaia ou ali na esquina. Mas para que precisam dele? Por certo vocês não precisam dele para fins materiais, a menos que ele lhes prometa um bom emprego para depois de amanhã. Então, é de presumir que vocês precisam deles para fins psicológicos. Más por quê? A razão principal de você precisar dele, é óbvio, é porque você diz: “Estou confuso; não sei como viver neste mundo; tudo é contraditório. Há muita confusão, infortúnios, mortes, decadência, degradação, desin­tegração; eu preciso de alguém que me oriente e me diga como proceder.” Não é para isso que vocês precisam de um guru? Não é por isso que procuram um guru? Você diz: “Estando confuso, pre­ciso de um mestre que me ajude a esclarecer a confusão, ou melhor, me ajude a resolver isso.” Sua necessidade é, pois, psicológica. Você não trata o primeiro-ministro como seu guru, porque ele lida apenas com a vida material da sociedade. Você pensa no primeiro-ministro quando se preocupa com suas necessidades físicas, ao passo que aqui você busca um mestre que trate de suas necessidades psi­cológicas."


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